INTRODUÇÃO
O estilo de vida das pessoas da atualidade, com seus horários corridos, relacionamentos rasos e hábitos cada vez mais caseiros, e ainda outros fatores tornam a evangelização em massa um modelo por muitas vezes ineficaz. Soma-se a isso, o fato da pregação ter mais sucesso quando há relacionamento entre quem está levando a mensagem e o alvo desta.
Portanto, a igreja que deseja experimentar um crescimento nos dias atuais, precisa de uma estratégia eficaz que possa solucionar os desafios acima citados, proporcionando eficácia na evangelização.
Outro aspecto relevante é a dificuldade de exercer cuidado pastoral adequado, em igrejas com grande quantidade de membros. Um pastor, por mais dedicado que seja, não consegue cuidar de uma centena de membros suprindo boa parte das necessidades destes.
Assim, é necessário, que cada cristão possa ter oportunidade de ser cuidado e ainda exerça o evangelho através da comunhão, edificação e serviço, uns para com os outros, sob o cuidado de um líder, que esteja, em todos os sentidos, próximo dele.
O modelo de pequenos grupos, chamado aqui de Igreja Viva, visa ser uma estratégia para alcançar os objetivos já citados, e proporcionar a igreja um crescimento espiritual e quantitativo dos seus membros.
O QUE É IGREJA VIVA?
- Grupo de oração: Esse tipo de grupo está interessado somente em crescer no movimento de oração. São grupos recheados de muita oração e os dons do Espírito fluem com liberdade, no entanto, quem vai apenas ao grupo não está se vinculando nem crescendo como igreja.
- Grupo de Estudo Bíblico: Esse tipo de reunião não estimula a comunhão e geralmente é liderado por pessoas que se consideram grandes mestres e que gosta de demonstrar crescimento teológico; incrédulo não é bem-vindo. São estéreis e não servem como estrutura de igreja.
- Grupo de comunhão entre crentes ou Grupo de Crescimento: As pessoas interessadas nesse tipo de grupo desejam um crescimento espiritual num ambiente fechado e exclusivista. Importante salientar que o crescimento apenas acontece quando estamos em contato e interagindo com o ambiente que nos rodeia.
- Grupo de cura interior e de Apoio: Os que desejam participar deste tipo de grupo estão interessados em terapias para a cura de seus traumas emocionais; as pessoas tem um problema real e querem se livrar dele. São grupos semelhantes aos Alcoólatras Anônimos, em que as pessoas falam de seus problemas vez por vez, semanas após semanas. Esse tipo de grupo leva o amor, mas falham em levar os membros a Cristo.
- Ponto de Pregação: São grupos conhecidos como aqueles que as pessoas frequentam sem compromisso. Elas vêm em vão, e o grupo é apenas um ajuntamento. Tais grupos tem como deficiência básica o fato de não compartilhar a realidade da vida do Corpo.
ENTÃO, O QUE É IGREJA VIVA?
É um grupo de até 15 pessoas que se reúne regularmente para cumprir os mandamentos das Escrituras de amar uns aos outros, estando ao mesmo tempo integralmente ligados a uma igreja local e com o olhar voltado para o mundo. NEWMANN, Mikel
O grupo busca ser uma comunidade e para isso precisamos entender que esta obra é muito mais do que reunião semanal. Quando Nossa percepção do grupo é limitada à reunião semanal, então não estamos envolvidos em comunidade. A vida em comunidade existe fora dos cultos e das reuniões.
O relacionamento é mais importante que a reunião. É no relacionamento que crescemos como servos, aprendemos a viver a vida cristã, somos supridos e também suprimos os outros em amor.
Objetivos da Igreja Viva:
- Visa à edificação dos crentes: O foco é o evangelismo e a multiplicação, mas o objetivo específico da reunião é também a edificação.
- Almeja a multiplicação: Apesar da reunião não ser apenas evangelística, todo o projeto final de edificação do grupo visa a multiplicação. Crentes comprometidos são crentes frutíferos.
- Ter Identidade: Ter hora e local definido para reunião é fator indispensável, criando um senso de identidade, constância e segurança; é impossível produzir um ambiente familiar se nos reunirmos a cada semana em um horário e casa diferente. Por isso, não basta ter um lugar de reunião, é preciso que o grupo se reúna numa base regular.
- Ser Homogênea: Porque quando participamos de um grupo buscamos nele aquela características que nos identificam com os demais e nos sentimos muito mais a vontade para compartilhar. Além disso, ao evangelizar, nossa tendência é priorizar pessoas do nosso círculo de amizade. Normalmente, estudantes se reúnem com estudantes, profissionais com profissionais; se é jovem, a tendência é evangelizar outro jovem, se é casado vai procurar outro casado, e assim, por diante...
Também devemos levar em conta o seguinte: Este ministério de evangelização não sobrevive quando as funções substituem Jesus; somente quando Jesus é o centro é que ele alcança todo o seu potencial e podemos dizer que é uma IGREJA VIVA verdadeira; isso permite que a igreja aumente sua influência e sua presença na sociedade; o alvo da igreja é a multiplicação. Essa deve ser a principal motivação de todo evento evangélico.
Outros Objetivos de uma Igreja Viva
1 - Comunhão
2 - Edificação
3 - Evangelismo
- Alimento: Todo Novo convertido precisa de dieta equilibrada. Se não for alimentado nessa fase inicial da vida espiritual, poderá torna-se um crente problemático, se não morrer antes, de inanição. Na IGREJA VIVA, ele é alimentado com palavras de fé, de encorajamento e de ânimo.
- Proteção: Além de alimento, o recém-nascido precisa de proteção. A rotatividade na igreja é fruto de falta de cuidado e proteção. O lobo entra e leva a ovelha, pois não pastores guardando o rebanho. líderes de IGREJA VIVA são uma espécie de pastores vigiando o rebanho. Até que o novo convertido aprenda a caminhar sozinho, é fundamental a proteção de um pai espiritual.
- Ensino: Aqui o termo ensino não se refere simplesmente ao aprendizado de doutrinas, mas à aquisição de hábitos espirituais. O ensina aponta para a conduta e atitudes que devem ser desenvolvidas no novo crente. Se quando criança na fé o crente não foi ensinado a ser dizimista por exemplo, vai ser difícil mudá-lo depois de adulto na fé. É na IGREJA VIVA que a criança espiritual recebe o ensino.
- Disciplina: Todo novo convertido deve ser alimentado, protegido, ensinado e também corrigido, quando sair do padrão da palavra. É através destes encontros proporcionados pela IGREJA VIVA o ambiente propício para serem corrigidos em amor.
- Amor: Por último, mas não menos importante, a criança na fé precisa se sentir amada. A maioria das pessoas vêm para a igreja com suas emoções destruídas. Entretanto, o amor paciente dos irmãos restaura alma. Uma criança só recebe amor e suprimento adequado em um ambiente familiar. E a proposta da IGREJA VIVA é justamente esta: ser uma família vinculada pelo amor. No ambiente familiar, nossos filhos serão supridos, e nenhum deles se extraviará.
4 - Serviço
Qual é a base bíblica para a Igreja Viva?
A estrutura funcional da Igreja Viva
O Pastor Presidente ( Pastor de Rede )
O Supervisor
- É quem acompanha a realização dos CFB ( Curso de Formação Básica );
- Apoia e orienta os Coordenadores de Área na observação dos indicadores de saúde das Igreja Viva ( absenteísmo, número médio de membros, mix entre membros e convidados, etc... );
- Certifica-se das agendas da IGREJA VIVA em curso, encorajando, instruindo e viabilizando a multiplicação dos mesmos;
- Promove encontro periódicos do CFC ( Curso de Formação Continuada );
- Estimula os líderes da Igreja Viva a manter atualizadas as mídias de relacionamentos entre os membros do Grupo;
- Motiva a abertura de novas IGREJA VIVA;
- Acompanha toda a logística, desde a escolha das residências anfitriãs aos novos líderes;
- Estabelece permanente comunicação com todos da liderança, por intermédio dos canais disponíveis.
O Coordenador
- Garantir que o material para os discipuladores e líderes de sua área chegue a tempo hábil às mãos dos discipuladores;
- Promover seminários e reuniões para ajudar no crescimento dos seus líderes;
- Manter seu controle de resultados de avanço totalmente atualizado;
- Organizar e dirigir encontros com Deus, com o objetivo de evangelizar pessoas e integrá-las as IGREJAS VIVAS.
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